Por linhas tortas neste laboratório do inferno
descrevo os caminhos e desvios que me levam
as trilhas das tuas mãos
Loucos ainda mais do que eu
aplaudem letras viradas
tormentos e risos
Há um misto de sensualidade
mistério e ousadia
na gnóstica dos conflitos da mente
Há um olhar levemente temperado
no crepitar da chama
Determino o tom da minha lira
como marco permanente
A canção já não diz palavras de amor
meus versos não bastam
a esta dor que transborda
No silêncio das palavras caladas
Teço oblíquas fantasias
dando cor aos símbolos desbotados
e as expressões sem significado
escondendo a fragilidade que escorre das minha veias
Outros loucos aprenderão
quem sabe...
com esta tábua de linhas hipotéticas sem mandamentos
perdidas no inconsciente
quem sabe...
com esta psicótica roda de angústias ressentidas
na dor do respirar
quem sabe...
com as lágrimas que jorram das palavras.
Andréa Motta
06/10/03
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