Quero ser o Homem confiante,
Sem receio de suor nem pudor de pó.
Um Homem que sabe do Triste e do Belo,
Do Amor e do Ódio, mas um Homem Só.
Quero, das lutas, a energia da raiva, dos armistícios, a alegria,
Quero, das amizades, os beijos e abraços,
Na Vida, quero ser dono de meus próprios passos.
Quero de meu corpo instrumental
A irreverência inquieta sensual
De uma Fuga e Mistério de Piazzolla
Em desconcerto do jugo que me assola.
Quero, da solidão, o olhar aberto,
Viajar nas palavras, minhas e dos outros,
Fugindo à cobiça das vidas banais,
Aos ciosos aromas, sempre tão perto.
Quero mão cheia de Saramago,
Pitada de Calvino,
Colheres, rasas, de Kundera,
Nietzsche... proibido
Nem distante,
Nem louco,
Nem perdido.
Quero ser mão que embala as palavras de Vinícius,
Cântico Negro de Régio, um Choro de Bandolim,
Quero a irreverência de Almada,
A Harmonia de Bach,
Nas cordas de Paredes.
Quero a voz, sensual, melada,
De Elis, Bethânia e Ney,...
Quero ser, talvez, o que nunca serei...
Quero sentir o acre de maçã, o aroma de canela,
Quero ser Nocturno de Chopin, Libido de um Tango,
tudo isto pela manhã...
Quero, dentro do Coração, calor de caril...
Quero Água!,
Muita água! a fluir...
Quero sentir,
À minha janela,
Entrar o Vento de Abril,
Sentir que tudo, Tudo! valeu a pena,
Nem um Sorriso se perdeu,
Nem uma lágrima em vão,
Nem um cansaço sem razão!.
Só quero rir de mim, esquartejar as emoções,
Ensinar a meus filhos Diversidade, Tolerância, Liberdade
Ensinar com a Praxis da Escuta e das Sensações.
Phalésia
Nota: Phalésia é um poeta de mão cheia, de uma sensibilidade ímpar, cuja obra deve ser lida sempre e sempre. Para ler mais textos de sua autoria, basta clicar aí ao lado no link dos Novos Autores, vale a pena.
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