Segunda-feira, 14 de Junho de 2004

Ocre

avioes1.JPG

Houve um tempo em que as palavras fluiam
da alma e coloriam a folha branca,
como se fossem desenho animado


Vinham com o amanhecer,
com o trinar dos pássaros
vizinhos de janela


E a dor que apertava o peito
e tirava-me o ar se transformava
em vida e, eu podia embarcar


em pequenos aviões de papel
vermelho e perde-me na pintura
                              das tuas mãos


Aos poucos descobri que esse tempo
acabou e as veredas que aos teus olhos
me conduziam foram tomadas por incertezas


por tristes pensamentos desalinhados
percebi que o turbilhão de sensações
já não permite que as palavras sejam
                                                  adocicadas....


Andréa Motta
07/06/04


publicado por Andrea Motta às 01:24
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42 comentários:
De porquinho da india a 15 de Junho de 2004 às 18:13
...gosto de palavras adocicadas porque...sou um guloso desnaturado. Fica bem, beijinhos e nté!
De LetrasAoAcaso a 15 de Junho de 2004 às 16:57
Belissimo, Andréa.
Ao que vejo, revêmo-nos nos textos um do outro.
Uma arreliadora avaria no SAPO, impediu-me de vir antes.
Isso e as eleições.
Beijos amigos do Zé.
De o5elemento a 15 de Junho de 2004 às 16:54
{depois de ler estes comentários só me resta deixar algumas palavras com sabor:}{vejo a luz que em ti namoro © biquinha}
De Andréa a 15 de Junho de 2004 às 15:37
Para Pássaro Distante: Obrigada querido...eu também estou ficando muito preocupada. Beijos
De Pássaro Distante a 15 de Junho de 2004 às 15:21
Olá Andrea, parabéns por este delicioso poema. Relativamente ao que me perguntou, infelizmente não tenho notícias de Dânae e estou preocupado com isso. Um abraço para você do Pássaro Distante
De Andréa a 15 de Junho de 2004 às 14:16
Para Ermelinda: Querida, muito obrigada, fico super feliz com suas palavras. Beijos com carinho :))
De Ermelinda a 15 de Junho de 2004 às 11:52
Cara Andréa: é notável a tua capacidade para me surpreender... e não posso deixar de admirar a tua escrita e a forma como da tua alma brotam abundantes palavras sensíveis, espelho de sentimentos profundos, que voam docemente e no teu coração se alojam fazendo nidificar belos poemas como este que acabei de ler. Obrigada pelo privilégio que nos concedes ao partilhares connosco os teus textos. Um grande abraço.
De Andréa a 14 de Junho de 2004 às 16:10
Para Nuno Travanca: Azzu meu querido amigo, que grata surpresa :))) beijos cheio de saudades e carinho
De Andréa a 14 de Junho de 2004 às 16:06
Paea Nuno Travanca: Azzu meu querido amigo, que grata surpresa :))) beijos cheio de saudades e carinho
De nuno travanca a 14 de Junho de 2004 às 14:54
navegar pela web, por vezes, revela-nos boas surpresas. há qto tempo...
beijo.

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