Quarta-feira, 31 de Março de 2004

Cumplicidade

height=260 alt=56imagem161.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/56imagem161.JPG" width=360 border=0>

Do alto do campanário
lanço-me em vôo cúmplice
com minha alma.
Em sinestesia efêmera
rasgo-me em conjecturas
e questiono mitos e desventuras.

Momentos de fugaz hipnose
explodem...
Em transparências carmim,
pressagiando complexas reflexões
cognitivas.
Cerro os olhos da alma baldando
o vôo pairado.

Dobro-me ao silêncio dos sentidos.

Andréa Motta
31/07/03










publicado por Andrea Motta às 04:30
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Imagens

height=300 alt=f203072-ruiGoncalves1.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/f203072-ruiGoncalves1.JPG" width=400 border=0> 

  • face=georgia>Imagem de Rui Gonçalves (Retirada do site 1000 imagens)
publicado por Andrea Motta às 04:27
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Terça-feira, 30 de Março de 2004

Efeito Cênico

height=218 alt=RETRO14.jpg src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/RETRO14.jpg" width=312 border=0>

No ensaio da vida,
frágeis papeis encapelados
decoram cenas de glamour a medo

Impotente,
na inversão térmica do silêncio
sucumbe um grito de socorro,
preso à garganta

Renhido dilema
entre impressões digitais
e o orvalho.

Andréa Motta
31/01/2004





publicado por Andrea Motta às 00:18
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Segunda-feira, 29 de Março de 2004

Curitiba

height=301 alt=largodaordem.jpg src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/largodaordem.jpg" width=450 border=0>

Para comemorar os 311 anos de Curitiba ( Hoje -29.03) Poesia do Mainiere!

 Por entre araucárias
 encaro a manhã.

 Paisagem em urbano destaque
 ruas largas
 parques
 face moderna da civilização.

 Feira de artes
 Largo da Ordem
 é a moldura
 etnias se encontram
 e  reciclam culturas.

 Mutante escultura
 estás à altura
 de minha paixão.

Ricardo Mainieri







publicado por Andrea Motta às 23:42
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Catarina

height=160 alt=catarina.bmp src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/catarina.bmp" width=240 border=0> 

É madrugada...
Indomável,
            Catarina,
sopra...
       vem do leste,
tão rara,
       furiosa
       nuvem desgarrada....

Seu olho,
        desafia-dor,
                    frio,
a faz girar
         sobre o mar,
a impulsiona
         até o continente
                       abraçar...

Debates...
allures incertezas,
alí, paura...
lágrimas, acolá...
Todos se perguntam
               Quem é Catarina,
                                  quem é?

Agitada, ela enleia
desprende do solo,
     o suor do homem
            sulcando a terra
                             destelhando
                                  devastando...

Nas mãos transpiradas,
               medo...
no desenho da íris,
                galhos,
              arvores
                 telhas
                dano
                     breu...
corações enfartados,
               no silêncio do pavor.....

Perplexidade...
       destruição...
E, aqueles homens
       ainda discutem....

Quem é Catarina,
                   quem é?
                      tempestade?
                                 ciclone?
                                    furacão?

Enquanto isto....
               Reconstrução !

Andréa Motta
28/03/04

Nota: Catarina : Denominação dada ao ciclone ou tempestade extra-tropical ou furacão classe 1, que atingiu a costa do Litoral Sul do Brasil ( Santa Catarina e Rio Grande do Sul) na madrugada de 28/03/2004.




































publicado por Andrea Motta às 17:10
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Domingo, 28 de Março de 2004

Reflexão

monjolo1.JPG


A mensagem é de um amigo - Manuel Neves


Trago-a como um momento de reflexão :


"Poucas vezes fiquei assim em minha vida...perdido das palavras e dos significados, perdido das razões e das crenças, perdido até do sentir das emoções da vida que nos fazem bater forte o coração....perdido do mundo...e perdido de mim. 


A poesia não existe como forma rigorosa e metódica de comunicação, não existe como máquina perfeita e oleada, não existe como tempo calculado e medido, nem como corpo sem alma e coração.


 


A poesia somos cada um de nós que lança seu grito ao mundo, que jorra seu sangue fervendo pelas encostas íngremes da vida, que sente e se agita a cada momento como se fosse esse o primeiro ou último, tem a força inesgotável dum Deus de esperança, tem a beleza inigualável duma musa, tem todo calor do sol e do universo, e ao mesmo tempo tem a dor maior de seguir em frente continuando a sentir, sem vacilar, podendo morrer e ressuscitar, ou viver e se crucificar...mas seguindo em frente com suas novas formas, novas vestes, nova sabedoria, nova...sempre nova vida. ...(omissis)" - Manuel Neves


 

publicado por Andrea Motta às 05:12
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Sábado, 27 de Março de 2004

Branco

height=265 alt=reflor_eucalipto1.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/reflor_eucalipto1.JPG" width=400 border=0>

Apraz-me respirar o aroma
desfragmentado dos eucaliptos
até meu corpo estremecer
e minhas pernas amolecerem

Atenta aos sinais que se espalham
pela natureza percebo o vínculo
de perfeição do Criador
- seja ele quem for -

Completo-me como criatura
na partilha do momento
Deixo meus braços se envolverem
na carícia do vento e meu espírito
em contemplação com ele voar

Mais uma vez me divido
ao longo do caminho para depois
somar forças alternadas
entre a água e o fogo

Assim vou
de gesto em gesto
respirando entre discórdias
             -   equilíbrio de trapezista -
                          cuja vista tenta em vão fixar
                                                                  o ponto
                                 o  final da corda bamba
                                                            o Juízo Final

Andréa Motta
27/02/04
















publicado por Andrea Motta às 18:21
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Bastidores

height=360 alt=loboindia.jpg src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/loboindia.jpg" width=261 border=0>

 São extremamente desagradáveis os caracteres
mudos e disformes aprisionados a garganta
Silêncio amarulento e inquietante.

Arde a boca do estõmago
no engano dos sentidos
Enladeirados desencantam
feito fantasias doiradas
desgastadas e largadas
pelas sarjetas.

Queima o brado amarrado
nas esquadrias paralelas das letras emudecidas
pela poeira das linhas pré-estabelecidas

Debrum
rendas
ornamentam falsas vitrines
estepes alimentadas pelo lobo interior
que não uiva - só observa.

Nem tudo, no entanto, é bastidor
por vezes os caracteres se libertam
do controle da psiquê
aí sim, têem ginga e força

Contagiam, liberam libido
permitindo aos dedos o grito,
o êxtase
Escorrem tal qual sêmem
tingem o papel com cores fortes

Até que se preencha o vazio
das mais diversas interpretações.

Andréa Motta
26/02/04















publicado por Andrea Motta às 18:14
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Sexta-feira, 26 de Março de 2004

Cansaços

height=163 alt=eyesreinaldo.gif src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/eyesreinaldo.gif" width=250 border=0>

Nas profundezas da noite
            Um encontro brando
                                    de cansaços
 
Enleia
        numa sensível sensualidade,
                                        o silêncio da íris

Andréa Motta
10/02/04






publicado por Andrea Motta às 23:59
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Utopia

 height=350 alt=boca.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/boca.JPG" width=466 border=0>

No insulamento do quarto
      uma luminosidade tênue
inspira longo devaneio

perco-me no silêncio sensual
                           a tua boca
para encontrar-me no passeio
                                 (casual)
dos teus dedos pela guimba

Andréa Motta
27.02.04.





publicado por Andrea Motta às 23:49
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