height=260 alt=56imagem161.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/56imagem161.JPG" width=360 border=0>
Do alto do campanário
lanço-me em vôo cúmplice
com minha alma.
Em sinestesia efêmera
rasgo-me em conjecturas
e questiono mitos e desventuras.
Momentos de fugaz hipnose
explodem...
Em transparências carmim,
pressagiando complexas reflexões
cognitivas.
Cerro os olhos da alma baldando
o vôo pairado.
Dobro-me ao silêncio dos sentidos.
Andréa Motta
31/07/03
height=300 alt=f203072-ruiGoncalves1.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/f203072-ruiGoncalves1.JPG" width=400 border=0>
height=218 alt=RETRO14.jpg src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/RETRO14.jpg" width=312 border=0>
No ensaio da vida,
frágeis papeis encapelados
decoram cenas de glamour a medo
Impotente,
na inversão térmica do silêncio
sucumbe um grito de socorro,
preso à garganta
Renhido dilema
entre impressões digitais
e o orvalho.
Andréa Motta
31/01/2004
height=301 alt=largodaordem.jpg src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/largodaordem.jpg" width=450 border=0>
Para comemorar os 311 anos de Curitiba ( Hoje -29.03) Poesia do Mainiere!
Por entre araucárias
encaro a manhã.
Paisagem em urbano destaque
ruas largas
parques
face moderna da civilização.
Feira de artes
Largo da Ordem
é a moldura
etnias se encontram
e reciclam culturas.
Mutante escultura
estás à altura
de minha paixão.
Ricardo Mainieri
height=160 alt=catarina.bmp src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/catarina.bmp" width=240 border=0>
É madrugada...
Indomável,
Catarina,
sopra...
vem do leste,
tão rara,
furiosa
nuvem desgarrada....
Seu olho,
desafia-dor,
frio,
a faz girar
sobre o mar,
a impulsiona
até o continente
abraçar...
Debates...
allures incertezas,
alí, paura...
lágrimas, acolá...
Todos se perguntam
Quem é Catarina,
quem é?
Agitada, ela enleia
desprende do solo,
o suor do homem
sulcando a terra
destelhando
devastando...
Nas mãos transpiradas,
medo...
no desenho da íris,
galhos,
arvores
telhas
dano
breu...
corações enfartados,
no silêncio do pavor.....
Perplexidade...
destruição...
E, aqueles homens
ainda discutem....
Quem é Catarina,
quem é?
tempestade?
ciclone?
furacão?
Enquanto isto....
Reconstrução !
Andréa Motta
28/03/04
Nota: Catarina : Denominação dada ao ciclone ou tempestade extra-tropical ou furacão classe 1, que atingiu a costa do Litoral Sul do Brasil ( Santa Catarina e Rio Grande do Sul) na madrugada de 28/03/2004.
A mensagem é de um amigo - Manuel Neves -
Trago-a como um momento de reflexão :
"Poucas vezes fiquei assim em minha vida...perdido das palavras e dos significados, perdido das razões e das crenças, perdido até do sentir das emoções da vida que nos fazem bater forte o coração....perdido do mundo...e perdido de mim.
A poesia não existe como forma rigorosa e metódica de comunicação, não existe como máquina perfeita e oleada, não existe como tempo calculado e medido, nem como corpo sem alma e coração.
A poesia somos cada um de nós que lança seu grito ao mundo, que jorra seu sangue fervendo pelas encostas íngremes da vida, que sente e se agita a cada momento como se fosse esse o primeiro ou último, tem a força inesgotável dum Deus de esperança, tem a beleza inigualável duma musa, tem todo calor do sol e do universo, e ao mesmo tempo tem a dor maior de seguir em frente continuando a sentir, sem vacilar, podendo morrer e ressuscitar, ou viver e se crucificar...mas seguindo em frente com suas novas formas, novas vestes, nova sabedoria, nova...sempre nova vida. ...(omissis)" -
height=265 alt=reflor_eucalipto1.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/reflor_eucalipto1.JPG" width=400 border=0>
Apraz-me respirar o aroma
desfragmentado dos eucaliptos
até meu corpo estremecer
e minhas pernas amolecerem
Atenta aos sinais que se espalham
pela natureza percebo o vínculo
de perfeição do Criador
- seja ele quem for -
Completo-me como criatura
na partilha do momento
Deixo meus braços se envolverem
na carícia do vento e meu espírito
em contemplação com ele voar
Mais uma vez me divido
ao longo do caminho para depois
somar forças alternadas
entre a água e o fogo
Assim vou
de gesto em gesto
respirando entre discórdias
- equilíbrio de trapezista -
cuja vista tenta em vão fixar
o ponto
o final da corda bamba
o Juízo Final
Andréa Motta
27/02/04
height=360 alt=loboindia.jpg src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/loboindia.jpg" width=261 border=0>
São extremamente desagradáveis os caracteres
mudos e disformes aprisionados a garganta
Silêncio amarulento e inquietante.
Arde a boca do estõmago
no engano dos sentidos
Enladeirados desencantam
feito fantasias doiradas
desgastadas e largadas
pelas sarjetas.
Queima o brado amarrado
nas esquadrias paralelas das letras emudecidas
pela poeira das linhas pré-estabelecidas
Debrum
rendas
ornamentam falsas vitrines
estepes alimentadas pelo lobo interior
que não uiva - só observa.
Nem tudo, no entanto, é bastidor
por vezes os caracteres se libertam
do controle da psiquê
aí sim, têem ginga e força
Contagiam, liberam libido
permitindo aos dedos o grito,
o êxtase
Escorrem tal qual sêmem
tingem o papel com cores fortes
Até que se preencha o vazio
das mais diversas interpretações.
Andréa Motta
26/02/04
height=163 alt=eyesreinaldo.gif src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/eyesreinaldo.gif" width=250 border=0>
Nas profundezas da noite
Um encontro brando
de cansaços
Enleia
numa sensível sensualidade,
o silêncio da íris
Andréa Motta
10/02/04
height=350 alt=boca.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/boca.JPG" width=466 border=0>
No insulamento do quarto
uma luminosidade tênue
inspira longo devaneio
perco-me no silêncio sensual
a tua boca
para encontrar-me no passeio
(casual)
dos teus dedos pela guimba
Andréa Motta
27.02.04.
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. Signa
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