Neste momento de eternidade absoluta
meu olhar inquieto se esvai no horizonte
Aventuro-me na recondução dos sonhos
que escapam de minhas mãos
pelas veredas da minha mente
Dispo-me do peso de sorrisos amarelos
coibindo o falsear de palavras
Piso sobre folhas caídas
no quintal das minhas ilusões
Solto as amarras para que possa
o amor se perder (ou encontrar)
pelas estradas do mundo
Insana fantasia de amor povoada por vagalumes
a iluminar o breu inconsciente do meu ser
É vil ir contra as forças da minha natureza
Abrigo-me do orvalho que verte dos meus olhos
na primavera inebriante que não tardará
Enquanto isso,
a noite me faz companhia.
Andréa Motta
27/08/03
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