Nos olhos um intenso desalento
nas mãos gestos vagos
na alma a melodia amena de um piano
Minha canção me conduz a versos
de rimas tristes e incertas
Invadida pelas notas musicais,
como barco a deriva ao sabor do vento brando,
assobio baixinho imitando o trinar de um pássaro
Sou mera espectadora
no burburinho da platéia
Vozes anônimas de calor fugaz
consagram o cálice desafinado
O piano com arfar cadenciado
soleva os acordes em sublime simetria
entre a música e a saudade
Epopéico num só movimento
o som se expande
no vale azul da percepção
purificando-a
Sensível ao vinho proibido
sem perder a musicalidade,
como viração acariciando o rosto
resiste a fluidez das palavras.
Andréa Motta
03/09/03
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