height=261 alt=Salario-alacran11_1.GIF src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/Salario-alacran11_1.GIF" width=300 border=0>
Antes sua voz
era eloqüente,
Bradava
revoltas
e anseios
seus punhos cerrados,
sempre audaciosos
onde tudo era sonho,
desconheciam,
os efeitos do poder.
Hoje,
articula dali,
articula daqui...
e ao povo,
o mínimo do mínimo
salário de fome
e, color=#ff3300>PT saudações...
PT saudações?
Sim, mas ao malogro
e à mediocridade!
Andréa Motta
30/04/04
height=300 alt=revoada.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/revoada.JPG" width=400 border=0>
Quando desaparecerem todos os fantasmas
que assombram o lago azul dos pirineus
vozes em côro, tomadas pela emoção,
entoarão uma suave melodia.
Será o fim da dualidade que dilacera
a profundez dos sentidos.
Neste momento ímpar, as montanhas
cobertas pela neve se abrirão em sorrisos plenos.
Num passe de mágica, a noite antes densa
será coberta por um fino véu rendado
e invadida por pássaros em revoada
Neste instante, anjos com suas harpas
indicarão as veredas, escondidas na cadeia
de montanhas, que conduzirão para casa.
Andréa Motta
17/12/03
Nota: Há alguns dias Maurício Requião, jovem e magnífico poeta baiano presenteou-me com esta bela poesia, o que muito me emocionou. A publicação dela, pelo autor, no site Os Novos Autores, desencadeou a publicação de outras belíssimas trovas, algumas feitas de improviso no próprio quadro de postagem, numa interação gostosa de ler, ver e participar. Publico abaixo a seqüência de Trovas ou Quadras e seus respectivos autores. Agradeço mais uma vez ao Maurício o presente, bem como, aos demais poetas e amigos esse momento de descontração, Obrigada. (Andréa Motta)
Mesmo estando ainda nela
Muitas vezes sou surpreso
É uma fase muito bela
Mas é bom saber o peso.
Maurício Requião (for me)
O peso da juventude
só o tempo nos dirá.
Mas, antes que o tempo mude,
é melhor aproveitar.
Paulo Camelo
Juventude é coisa boa
anos-dourados de luz
mas ela se acaba à toa
nos deixa o peso da cruz...
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Os anos da juventude
são plenos de amor e paz...
e hoje eu penso, amiúde
que eles não voltam jamais...
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Ser jovem é ser apressado
viver a vida, veloz!
Ser velho é olhar o passado
e ver quanto estamos sós...
lisieux
Só se fala em juventude,
juventude é muito bom
inda lembro em plenitude
dos sabores de batom
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
O corpo do jovem ferve
com a ânsia de aventura
e eu aqui com minha verve
relembrando com fissura.
Michel Baruki
Juventude é desafio
e atitude sem pensar...
Atira-se em qualquer rio;
depois aprende a nadar!
Reinaldo N. Luciano
height=250 alt=barco_BenLomond1.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/barco_BenLomond1.JPG" width=330 border=0>
Nos olhos um intenso desalento
nas mãos gestos vagos
na alma a melodia amena de um piano
Minha canção me conduz a versos
de rimas tristes e incertas
Invadida pelas notas musicais,
como barco a deriva ao sabor do vento brando,
assobio baixinho imitando o trinar de um pássaro
Sou mera espectadora
no burburinho da platéia
Vozes anônimas de calor fugaz
consagram o cálice desafinado
O piano com arfar cadenciado
soleva os acordes em sublime simetria
entre a música e a saudade
Epopéico num só movimento
o som se expande
no vale azul da percepção
purificando-a
Sensível ao vinho proibido
sem perder a musicalidade,
como viração acariciando o rosto
resiste a fluidez das palavras.
Andréa Motta
03/09/03
height=250 alt=sombras2.JPG src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/sombras2.JPG" width=325 border=0>
Na penumbra da cidade
brilho de lantejoulas
seios desnudos
lábios pintados de carmim
no corpo lanhado
tatuadas as marcas do desamor
Escoriações
hematomas
carne rasgada
alma amargurada
Nos desvios do tempo
violência doméstica
violência urbana
Nas esquinas um olhar
de menina amendrontada
sem lágrimas nem sorrisos
apenas o jogo da sobrevivência
Sombras escamoteiam
o medo
no desenho da calçada
Rostos anônimos
gigolôs, prostitutas
sofismam pelos cruzamentos
escandalizando crentes
loucas sombras funambulescas
na solitude noturna
conspiram versos desencantados
num pacto com o diabo
Mas o tempo leva sem remorsos
o silêncio da noite
as mãos vazias
a dança do neon
na cauda do vento
por um instante sonhos adormecidos
insinuam-se nos olhares castigados
ameigando-os
Não importa
onde pouse o olhar
não importa
a identidade
nem o coração partido
Não importa
a desventura
nem as portas fechadas
cada qual segue o seu destino.
Andréa Motta
02/10/03
height=264 alt=sonhodeliberdade1.jpg src="http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/arquivo/sonhodeliberdade1.jpg" width=257 border=0>
Não quero deslizar por arroios
de sonhos e alquimias
basta deste silenciar de letras opacas
deste voar descompassado
sem brilho
sem par
ou abrigo
Não quero ouvir as horas
nem passa-las em movimentos controlados
basta desta inatividade
em vidraças elegantes
quando intimamente só há revolta
Basta desta doação desmedida
desta entrega incólume
Chega de desejos contidos
desta sofreguidão valorizada
Chega!
Chega desta guerra de braços vazios
e palavras mutiladas
Desta conduta dissociada
flagrante desventura simulada
Atitudes
urgem atitudes
sem perplexidades
apenas verdades
alheia a conceitos
ou idades
Andréa Motta
14/10/03
Breve Partida
Saudade densa
s
a
l
t
a
n
d
o
da menina dos olhos.
Ricardo Mainieri
Saudade espessa
r
a
s
g
a
n
d
o
a pupila da alma.
Andréa Motta
Saudade adaga
a
b
r
i
n
d
o
o véu das córneas.
lisieux
Saudade amarga
s
a
l
g
a
n
d
o
o céu da alma.
Jeanete Ruaro
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